Ethnically and Culturally Inspired Music
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O Bairro Ladino é o desenlace improvável de uma história que começa em Coimbra, nos anos oitenta, com o cruzamento de vidas de um angolano apaixonado pelos musicais e pelo teatro e de um serrano foragido do seminário e do conservatório em plena ressaca da época áurea dos conjuntos de baile. Rendidos ambos aos fados e baladas, a eles se mantêm fiéis até finais dos anos noventa. Pelo meio, cruzam-se ocasionalmente com um terceiro elemento que, vindo dos lados do mar, traz consigo um percurso ligado aos grupos rock e de baile dos anos 70 e 80 e muitas noites de orquestra das discotecas da berra da noite de Coimbra e da Bairrada. Por fim, apenas o fado. Após um sabático interregno, resolvem recrutar a miúda de costela moçambicana que antes fazia os petiscos nos dias de ensaio. Para não ser fácil demais – porque não dava luta – a única conimbricense do coletivo iria cantar... Lisboa, pois claro! Bom, não será exatamente fado castiço, salvo pontuais exceções, mas antes um melting pot de influências, mais a mais interpretadas com instrumentação fiel à afinação de Coimbra. É desta fusão, desta miscigenação de referências, que nascem e se transmutam, quer as reinterpretações, quer os originais de que se fazem as ruas deste bairro.
Henriqueta Val-do-Rio (voz), António Penicheiro (guitarra portuguesa/voz), Carlos Ferreirinha (viola de fado/voz), José Loureiro (viola-baixo/voz)
Henriqueta Val-do-Rio (voz), António Penicheiro (guitarra portuguesa/voz), Carlos Ferreirinha (viola de fado/voz), José Loureiro (viola-baixo/voz)