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Genre:
world music
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https://open.spotify.com/album/16Jl6LsFJRxKIPXcp5LAxo more
This album, Ary Morais' fourth album, invites us to travel through the most famous Cape Verde musical styles such as morna, coladeira, funaná, but also through Caribbean rhythms influenced by Norwegian folk and jazz.
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With best regards
Ary Morais more
Num compasso de espera, antes de subir ao palco do B.Leza, na sexta-feira, 12, e enquanto a sala se compunha, Ary Morais, o cantor da ilha das Dunas nascido em Stancha de Bóxe, e a viver desde 1995 em Oslo, Noruega, sentou-se à conversa com o asemanaonline . Fala da sua relação com Cabo Verde e da ilha natal, a Boa Vista. Como analisas o actual momento da tua carreira? A minha carreira vai bem. Ganhou alento com este meu novo trabalho – “Sonho cabo-verdiano” – que depois do lançamento na Noruega, na Boa Vista e no Sal, chega esta noite a Lisboa com esta minha actuação. É, também, a minha estreia no B.Leza. Tenciono, num futuro muito breve, ir às ilhas de Santiago e São Vicente promovê-lo ainda mais. Entretanto, para a semana, estarei no Uganda num festival de música africana. É mais um país onde deixarei um cheirinho deste meu sonho. Que inovações introduziste no “Sonho cabo-verdiano”? Considero este meu último trabalho diferente dos dois anteriores. Acho que as letras têm outra maturidade. Os arranjos tiveram o contributo de músicos cabo-verdianos e noruegueses no sentido de ir ao encontro daquilo que a nossa música representa no mundo. A música vai bem em Cabo Verde? Em Cabo Verde temos bons músicos, compositores e intérpretes. É pena que muitos bons artistas fiquem pelo caminho por falta de meios e de promoção. Somos um país territorialmente pequeno, mas com uma representação grande no mundo da música. Tenho visto o quanto gostam da nossa música, mesmo nos casos em que não percebem o conteúdo das letras. Mas o ritmo e o sentimento chegam ao coração das pessoas. Noto isso na Noruega, país onde já cantei de norte a sul. E o teu papel de promotor de cultura? Este ano organizei o Festival da Lusofonia em Oslo. A minha intenção era que fosse um evento de dois dias mas os patrocínios não permitiram esse alargamento. Para o ano é minha intenção recorrer a outros fundos e ser, então, de dois dias. Porque gosto que os “cachets” estejam assegurados e que não dependam da venda dos ingressos. Tentarei apoios junto do Conselho de Artes na Noruega, entre outros. Quantos cabo-verdianos vivem na Noruega? E como vivem? Existe alguma associação cabo-verdiana? Calculo que a nossa comunidade na Noruega tenha, por alto, umas 500 ou 600 pessoas. Fomos pioneiros enquanto emigrantes naquele país nórdico. Começamos como marinheiros. Depois,com a queda da marinha mercante fixámo-nos em terra com as famílias. Temos tendência de viver como os noruegueses. O clima, a cultura, tudo isso nos condiciona um pouco nesse sentido. Já tivemos, em tempos, duas associações que deixaram de existir por divergências entre os associados. Há cerca de quatro anos tive a ideia voltar a criar uma. Contudo, não tive apoio dos demais e desisti da ideia. As feridas continuam abertas. Desta iniciativa conseguimos um fundo que será destinado às crianças do Jardim SOS na Praia. A Boa Vista saltou para as bocas do mundo com o surto turístico. Que visão actual tens da tua terra? A Boa Vista mudou. Está no bom caminho do desenvolvimento. No entanto, me parece que as mentalidades não estão preparadas para isso. O desenvolvimento deve ser global. Se umas coisas se desenvolvem e outras não, ficam comprometidas. Para mim, a mudança de mentalidades é fundamental porque vai proporcionar outras essenciais. Qual é a tua relação com a Câmara Municipal da Boavista, como entidade cultural? Guardo uma certa mágoa da actual equipa camarária. Gosto muito da minha terra. Sou boavistense. Contudo, a Câmara da Boa Vista, culturalmente, fechou-me as portas. Nunca lhes pedi apoio para a produção dos meus trabalhos. Embora saiba que o dão a outros artistas. Organizam festivais e festas de romaria e nunca o meu nome figura. Houve um tempo em que me prometeram muita chuva. Na volta, só me deram ventania. Mas que houvesse diálogo, pelo menos. Tenho esperança de que a mudança dos actuais responsáveis autárquicos traga outro tipo de entendimento. Só queria ser bem recebido. Como acontece, por exemplo, com a Câmara de São Filipe, a quem agradeço. Que haja diálogo para que se as coisas se componham. Quando for altura de dar a minha opinião falarei com desassombro e verdade. Parece-me que esta forma de estar não agrada a certos políticos. E, também aqui, volto à questão da mentalidade que precisa de ser desenvolvida. Capacidade de aceitação do olhar do outro é preciso. Deixar da atitude de quem não comunga da nossa opinião é um inimigo. http://asemana.sapo.cv/spip.php?article102997&ak=1 more
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Ary Morais (b. 1974) is a guitarist, singer and songwriter from Cape Verde with a strong connection to Norway since 1995. He is one of the most popular artists in Norway within the world music genre, with his modern version of traditional music styles from his native country such as Coladera, Morna, Batuque and Funana.
Morais released his debut album "Ka Bo Bayembora" in 1999, ... more
Ary Morais (b. 1974) is a guitarist, singer and songwriter from Cape Verde with a strong connection to Norway since 1995. He is one of the most popular artists in Norway within the world music genre, with his modern version of traditional music styles from his native country such as Coladera, Morna, Batuque and Funana.
Morais released his debut album "Ka Bo Bayembora" in 1999, ... more
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